domingo, 24 de fevereiro de 2013

There is a light that never goes out


- Onde você vai? - Pergunta clássica sempre que olho o Google Mapas.
- Vou lá no Metrô Marechal, embaixo do Minhocão.
- Hm, vai pegar o Minhocão! - Há! Piada clássica.

Tudo certo. Endereço, entrada, horário do ônibus, dinheiro.

- Vou tomar banho.
- Mas vai agora? 
- É, baladinha.

Unhas cortadas, cigarro: "É hoje! Dance like Morrissey."
No caminho, "opa, hotel". O lugar: um inferninho. Um segurança diz: 

- Vai encher! 

Sem uísque, cerveja cara. "Tudo bem, Smiths!"
Sobre a decoração:

- Ah, esqueletos, essência de nossa igualdade.

Não chove na Confraria de São Pedro.

- Tá tudo bem?
- Sim.

É só solidão.

Cigarros acabando, um a cada meia hora. Três amigos, risos, olhares. "Será?"


Finalmente os ouvidos se enchem: Marr e sua guitarra. Mas só uma canção na cabeça: 

"There's a club, if you'd like to go
You could meet somebody who really loves you
So you go, and you stand on your own
And you leave on your own
And you go home, and you cry
And you want to die"

A euforia dura pouco. O ultimo cigarro, vai ser tenso aguentar. Boys don't cry. Epidemia de escarlatina, isso é mau sinal.

- E ai, você tá bem? 
- Depois de Smiths eu me sinto melhor.
- Você é de onde? 
- Arujá.
- Ah, legal, sempre vou num sitio lá.
- É uma boa cidade. 
- Mas você veio só pelo Smiths? Tocou tão pouco...
- Foi bom.
- Ah, mas você deveria ter ido se divertir, dançar.
- Tô cansado. - resposta clássica.

Na hora de ir embora, volta Smiths. "HANG THE DJ!" 
No metrô, uma voltinha na Estação Sé, atrás de algum livro. Finalmente, Armênia.
Lotação:

- Arujá Barreto Via Dutra.
- Aceita o BOM?
- Não.
- Pelo Cosmos, van clandestina.

Tudo volta ao normal, a mesma coisa de sempre

"Tried living in the real world
Instead of a shell
But before I began ...
I was bored before I even began"

Morrissey estava certo.

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